sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Palavras voadoras

Uma e meia da manhã.
Hoje tem aula de pontas e a formatura do melhor amigo da bailarina, e ela está acordada, escrevendo. De repente, as palavras foram surgindo na sua mente. Sob o abajur e o edredom, ela pôs suas palavras borradas com tinta preta num pequeno caderno. E sem saber o que queria dizer, não parou de escrevê-las.
Talvez a bailarina quisesse contar seus sonhos. Quem sabe, enquanto dormia, não fosse possível que suas mãos pudessem continuar narrando os seus pensamentos? Quem sabe? Enquanto o travesseiro lhe fazia companhia.
Vai ver ela não tinha nada a dizer, vai ver foi só a caneta querendo riscar os seus últimos traços, esgotar a sua tinta.
Quem sabe se ela já não estava dormindo? Vai ver os seus sonhos voaram pro papel.

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