sábado, 30 de maio de 2015

Marés

Às vezes os pensamentos batem como ondas na arrebentação e nos derrubam ou enfraquecem. Como no mar, nunca estamos percorrendo o mesmo caminho ao nadar pela vida, mas não significa que não vamos sentir ou passar por tempestades que nos façam lembrar outras que já passaram.
Aos poucos é preciso saber o momento de se agarrar numa âncora até passar, ou de simplesmente nos deixar levar até um porto seguro. Desviar dos redemoinhos que tentam nos afundar, procurar um bote que nos resgate.
Depois de nadar por mares turbulentos, já é possível se antecipar e pedir ajuda ao bote de resgate antes que o redemoinho se forme. Sentir a maré agitar e continuar nadando em direção a terra firme. E esperar que tudo vai passar. Ver que apesar da imensidão do mar, pode haver coisa maior. Que se estender a mão, tem uma (ou mais) esperando pra te puxar pra fora da água e enxergar o sol no horizonte, porque ele está lá o tempo todo.