quarta-feira, 2 de julho de 2014

Lugares de mim

Certo dia, me encontrei tomando um café e refletindo sobre sonhos estranhos. Muitos, inclusive. Eles têm rondado meus pensamentos e me feito pensar sobre o que significam. Cheguei a procurar seus significados, conversar com amigos sobre, pesquisar, bater cabeça...
Vi coisas, animais que apareceram nos sonhos, percebi sinais, senti energias esquisitas, dores de cabeça, me afastei de alguns. Me afastei de mim. Talvez ainda não tenha voltado, mas parece que a vida está me fazendo reviver momentos, revisitar lugares, reencontrar pessoas... reiniciar algum processo que deu errado.
Escrevo isso ouvindo "In my life", dos Beatles, que parecem sentir o que eu só percebi agora.
Pode ser que nenhuma palavra aqui faça sentido para ti, mas sabe, não importa.
Decreto aqui um novo começo {está sujeito a alterações, afinal se trata da minha vida, ok?}. Quem sabe não é uma chance de zerar toda a chateação e cansaço? A hora pra fazer tudo o que deixou pra amanhã, e de lembrar o que ontem ofereceu de bom.
Pode até ter sido ~sem querer querendo~ que nos últimos dias fui a tantos lugares que há tempos não ia, ou que visitava com mais frequência (muito) antes.
Como um novo ciclo enfim... {toca o Ciclo_Da_Vida_O_Rei_Leão.mp3}.
Frequentar a escola que estudei na quarta série, passar na frente da escola que comecei a dançar mais vezes que o costume, ir ao shopping que mais ia quando criança, tomar o picolé preferido, tomar banho de chuva, comer a pizza, o pastel e o sorvete mais divertidos... ok, já ganhei alguns quilos só de falar isso. Visitar museus... melhor passeio para esse momento. Há quanto tempo não faço isso? Ir na casa onde cresci. Ler.
{obs: Machado de Assis, te amo.}
Não sei ainda onde isso pode chegar, no que vai dar. Só sei que vou me permitir acreditar que é uma coisa boa, que vai me ajudar a só ser eu mesma. A fugir da ruindade dos que não acreditam na humanidade, do pessimismo alheio com a vida dos outros, da energia pesada da falta de respeito e compaixão. Vou me procurar nesses lugares onde me criei. Vou fazer valer os momentos de vazio da mente, que permitem renovar as ideias. Se não valer como uma revolução na minha vida, ao menos serviu para voltar a escrever.