terça-feira, 1 de setembro de 2015

Diário de recuperação

No último final de semana fez um mês de mais uma cirurgia e, bem, percebi que não tenho falado muito sobre isso. Não que eu tenha que falar sobre, Mas muita gente nem sabe que eu passei por uma cirurgia agora, outros não sabiam da primeira cirurgia (quem quiser saber um pouco mais, ler aqui).
Resumindo: em 2013 rompi o LCA (ligamento cruzado anterior) do joelho esquerdo, fiz cirurgia, fiz uma sutura no menisco junto, passei por todo o processo de fisioterapia e reforço muscular até voltar a dançar. Passando isso, parecia tudo bem olhando de fora, mas houve uma segunda vez.
Não cheguei a romper de novo, mas poderia acontecer isso - ou outras consequências graves - se eu continuasse dançando. Pois bem, parei de dançar de novo e fui atrás da cirurgia, já que todos os médicos disseram que era o único jeito. Acreditem, eu tentei encontrar outra solução.
Como sempre, as burocracias impediram que tudo corresse como planejado, mas depois de muito stress e demora, cá estou, operada.
{Sim, esse é o resumo explicativo}


A acessibilidade também é um assunto que quero comentar aqui, mas uma coisa de cada vez.


Agora, falemos sobre a recuperação em si. Existem algumas vantagens e desvantagens em relação à primeira vez. A tendência é que a recuperação seja um pouco mais simples e rápida pelos seguintes fatores: 

  1. Dessa vez não teve sutura, então tecnicamente meu joelho pode ser dobrado em menos tempo, pois não preciso esperar cicatrizar o menisco - que é um processo bem delicado;
  2. Já passei por isso, então parece menos doloroso. Parece.
Olhando assim, maravilha né? Quem dera. Sem querer fazer drama, mas vamos ver as desvantagens:
  1. Dessa vez passei muito mais tempo parada entre a lesão e a cirurgia, e não fiz uma preparação com fisioterapia antes. Sendo assim, estou com a musculatura bem fraca, sentindo dificuldade em alongamentos simples;
  2. A falta desses alongamentos me faz sentir dores, que atrapalham a evolução de alguns exercícios.
Ok, empatamos.
Nem dá mesmo para quantificar isso, são apenas exemplos. Até porque são tratamentos diferentes, a lesão não ocorreu do mesmo jeito, nem a cirurgia teve o mesmo procedimento, nem o resultado foi igual. Nada aconteceu exatamente do mesmo jeito, não tinha porquê a recuperação ser também.
Dessa vez estou indo todos os dias para a clínica, alternando os dias entre fisio e hidroterapia. Nisso, alguns velhos exercícios já conhecidos estão convivendo com algumas novidades. Entre maca, bola, fita elástica e a (sofrida) bicicleta, ainda tem que sobrar força pra andar na água, step, macarrão, barra. O bom da hidro é que às vezes nem dá pra sentir o esforço na piscina... Mas quando saio, pareço pesar dez vezes mais que antes.
Se me fizerem aquela velha pergunta sobre quando volto a dançar, isso o meu corpo vai dizer quando estiver pronto de verdade.
No mais, vou sobrevivendo, uma sessão de cada vez.