sexta-feira, 8 de março de 2013

Ao Chico, com carinho

Meu bem, o nosso amor é tão bom, o horário que nunca combina, mas amores serão sempre amáveis e por isso ainda falo contigo como falo com os outros. Só quero que não esperes que eu te queira,
Mas outro moreno joga um novo aceno e jura uma fingida e eu vou talvez viver duma vez a vida. Chico, querido, apesar de você, amanhã há de ser outro dia, e eu vou esperar, afinal ninguém sabe, seu coração cantador há de querer cantar o amor, antes que o amor acabe. Afinal, eu sou sua menina, você é o meu rapaz.
Não se afobe não, que nada é pra já, te espero, vou te acordar às seis horas da manhã e sorrir um sorriso pontual. Acorda, amor, levanta e me diz o que será, que será desse nosso dia, desse nosso amor.
Não chore ainda não, que eu tenho um violão, vamos cantar, ver a banda passar, descobrir o que houve de errado. Quando você me deixou, meu bem, me disse pra ser feliz e passar bem, mas ainda te espero, ainda te quero, mas meu amor, quando eu tanto precisava, onde é que você estava? Quis morrer de ciúmes, tentei dormir, mas é inútil, a dor não passa.
Chega perto, vem sem medo, vem que passa teu sofrer, pois amanhã ninguém sabe, pode ser que um outro rapaz me dê uma pedra falsa, um sonho de valsa ou um pedaço de cetim. Pois com açúcar, com afeto te espero em casa, e é preciso voltar já pra cuidar dos nossos filhos que ainda teremos, filhos desse nosso amor quase exemplar.
Ah, se eu pudesse, te traria, te daria todo o amor, toda a alegria que sequer sonhaste em ter.